domingo, 11 de setembro de 2011

Imagine...


A contradição deve ser exaltada em um mundo de conflitos. Existem pobres por necessariamente existirem ricos; minorias oprimidas por existirem uma maioria opressora e assim o mundo segue em seu constante movimento de rotação em seu eixo... Mas se eu imaginar que as coisas são diferentes? Claro, o mundo continuará girando juntamente com os transeuntes em suas frenéticas e cansativas jornadas; no entanto, em meu espaço reflexivo, no meu mundo fechado de pensamentos, algo irá aflorar e voar semelhante às aves de rapina que com sua visão privilegiada conseguem ver o nascer de um novo dia antes que os animais terrestres consigam ver.
Esse voo me é garantido, pois ao contrário da base do sistema capitalista onde tudo é comprado, este me é facultado gratuitamente pelas observações simples que o mundo oferece.
Então nesta minha utopia – no sentido posto por Thomas Morus - imagino um mundo onde todos se respeitam, sendo este o código base desta sociedade. Esta regra é tão forte que segue o brocado popular de “não fazer com o outro o que não quero que façam comigo”; não levando assim a um extremismo religioso, social e político, onde respeito o meu vizinho como igual, vendo-o como uma pessoa merecedora dos mesmos direitos, projeções e oportunidades.
Não existem propriedades! A ganância é sanada por este remédio, evitando fome, desprezo, pobreza, dando o que é devidamente “seu” para cada um. Evitam-se mortes por terras, pois a produção seria geral e coletiva.
A paz reinaria, não para manutenção do sistema predominante de opressão de poderes, mas uma paz onde todos possuem igualdades de “armas”; onde a mesma morte é sofrida por todos, não havendo distinção de pessoas e muito menos acepções de castas.
Os pais não abandonam, batem ou transformam seus filhos em propriedades, mas o contrário seria posto, colocá-los-ia como amigos e pessoas que merecem respeito como qualquer outra.
Enfim, este sonho não é necessário que seja exclusivamente meu. Ele pode ser compartilhado e aceito por qualquer um que treme de pavor e tristeza ao ver os espoliados do mundo andarem sem voz e sem vez.

2 comentários:

  1. É isso aí meu caro, agora vejamos quantas pessoas vão pensar deste mesmo jeito.

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  2. Você pensa assim? Caso diga sim, valeu tudo o que escrevi.

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